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quarta-feira, 11 de abril de 2012
Pensando em suicídio...
- Pai, o que é suicídio?
- É, bem... É quando a pessoa se mata. Por quê?
- É porque eu vi na TV que um homem armou o suicídio da esposa. Então ela não suicidou, né?
- Ela não se suicidou.
- Foi o que eu falei.
- Não, você falou que ela não suicidou.
- E tem diferença?
- Tem, ué. O correto é que ela não se suicidou.
- Mas pra que o "se"?
- Como?
- Se suicídio significa que a pessoa se matou, pra que falar que ela "se suicidou"? Não é o mesmo que falar "se se matou"?
- Ahn... Não sei. Mas nesse caso, não foi um suicídio. Foi um homicídio.
- Não foi não.
- Como não?
- Não foi homicídio.
- Mas você não falou que o marido armou o suicídio da esposa? Se foi ele que a matou, então foi um homicídio.
- Pois então, ele matou a esposa, então não foi um homicídio, foi um mulhercídio.
- Não, não... Quando uma pessoa mata alguém, é um homicídio. Não importa se é homem ou mulher.
- Então o marido homicidou a esposa.
- Não, ele matou a esposa.
- Mas você não acabou de falar que quando uma pessoa mata alguém, é um homicídio?
- Falei, mas não existe o verbo "homicidar".
- Existe "suicidar", mas não existe "homicidar"?
- Isso mesmo.
- Por quê?
- Ué, não existe! Quando você mata um mosquito com Baygon, você diz que inseticidou ele?
- Não.
- Então pronto. Vai brincar lá fora.
- Tá chovendo.
- Então vai pro computador.
Ao sair pela porta, a mãe passou pelo filho.
- O que é que vocês tanto conversam?
- Nada, é que ele tava pensando em suicídio, aí...
A mãe desmaiou.
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